quarta-feira, 21 de outubro de 2015

governos populistas no Brasil (1945 a 1964)

Governos populistas no Brasil(1946-1964)

A pressão oposicionista sobre Getúlio Vargas se fortaleceu com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, apoiando os Aliados. As manobras políticas de Getúlio não foram suficientes para mantê-lo no poder e, em outubro de 1945, ele renunciou. Em 1946 assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra, eleito em eleições diretas. Foi a primeira vez que as mulheres puderam votar.
Constituição de 1946: A Constituição brasileira, promulgada em 18 de setembro de 1946, era francamente liberal democrática. Do seu conteúdo principal, podemos destacar tópicos como: voto secreto e universal para os maiores de 18 anos, excetuando-se os analfabetos, cabos e soldados; direito à liberdade de pensamento e expressão; direito de greve assegurado aos trabalhadores, etc.

Governo Dutra: O Governo do general Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) foi bastante influenciado pela conjuntura internacional do pós-guerra e o advento da "Guerra Fria". Aliando-se aos EUA, o Governo Dutra rompeu relações diplomáticas com a URSS e extinguiu o Partido Comunista Brasileiro. Durante esse Governo, foi criado o Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia).

Governo de Getúlio Vargas: Concorrendo para as eleições presidenciais, Vargas foi eleito com esmagadora maioria de votos. Assumindo o poder, foi apagando a imagem de ditador do Estado Novo e construindo em seu lugar a figura de um estadista democrata. Nesta fase (1951-1954), Vargas empenhou-se em realizar um Governo de caráter nacionalista (criou a PETROBRAS). Suas medidas governamentais provocaram violenta reação da alta burguesia, que o acusava de pretender implantar no Brasil uma República Sindicalista. Na verdade, sua política de aproximação com a classe trabalhadora preocupava a oposição, que se utilizou do crime ocorrido em 5 de agosto de 1954 para exigir sua renúncia. A crise terminou em 24 de agosto de 1954, data em que Getúlio Vargas suicidou-se.

Governo de Juscelino Kubitschek: O Governo de Juscelino Kubitschek de Oliveria (1956-1961) foi marcado por diversas realizações desenvolvimentistas, que estavam previstas no Plano de Metas: a construção de Brasília, a instalação da primeira fábrica de automóveis, a abertura de rodovias, etc. Este Governo permitiu a penetração do capital estrangeiro para financiar o desenvolvimento econômico e industrial pretendido. As consequências desse processo foram: aumento de nossas dívidas externas; crescente dominação de nosso mercado interno pelas empresas multinacionais.

Governo de Jânio Quadros: O Governo de Jânio da Silva Quadros (1961) teve curta duração. Contou, a princípio, com o apoio das classes dominantes, na medida em que combatia, internamente, o comunismo. Mas a oposição direitista logo se revoltou contra sua política externa independente. A revolta da oposição teve seu ponto culminante quando Jânio Quadros condecorou "Che" Guevera, Ministro da Economia de Cuba, com a mais importante comenda brasileira. Pressionado, Jânio renunciou ao poder em 25 de agosto de 1961.

Governo de João Goulart: Após a renúncia de Jânio o poder foi entregue ao vice-Presidente João Goulart (1961-1964) que, a princípio, governou o País sob o regime parlamentarista. Goulart
enfrentou forte oposição dos grupos de direita, que acusavam-no de possuir um programa político "comunista". A oposição tornou-se mais radical quando o Governo de Jango divulgou as Reformas de Base (que defendiam a reforma agrária do País). Em 31 de março de 1964, eclodiu um movimento militar que derrubou o Presidente João Goulart.

Nenhum comentário:

Postar um comentário