quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Texto e atividades sobre A Era Vargas.


A Era Vargas

 No ano de 1930, ocorrem grandes mudanças no Brasil. O presidente Washington Luís foi deposto por uma revolução liderada por Getúlio Vargas, que pôs fim à República Velha e deu início à chamada Era Vargas. A campanha eleitoral para a sucessão do presidente Washington Luís provocou a divisão da oligarquia dominante e foi o estopim da revolução que derrubou a República Velha. Washington Luís, ligado à oligarquia de São Paulo, indicou como sucessor o paulista Júlio Prestes, que garantiria a continuidade da política de valorização do café.
     Os mineiros, que esperavam a indicação de Antonio Carlos, presidente de Minas Gerais (na época, o dirigente do Estado não se chamava governador, mas sim presidente), romperam sua aliança com São Paulo. E, com o Rio Grande do Sul e a Paraíba, criaram um novo partido, a Aliança Liberal, que lançou a candidatura de Getúlio Vargas, ex-ministro da Fazenda e presidente do Rio Grande do Sul. O candidato a vice-presidente era o paraibano João Pessoa. A Aliança Liberal concentrou suas forças nos grandes centros urbanos, buscando, assim, a adesão da burguesia industrial, do operariado e dos líderes tenentistas. Em março de 1930, Júlio Prestes foi declarado vencedor das eleições, mas a ala mais radical da oposição, alegando fraude eleitoral, iniciou a organização de um movimento para derrubar Washington Luís. Em julho do mesmo ano, o assassinato de João Pessoa, no Recife, contribuiu para dar mais força à oposição. Tropas do Rio Grande do Sul marcharam em direção ao Rio de Janeiro. No Nordeste, a rebelião teve à frente Juarez Távora. O presidente Washington Luís foi deposto (24 de outubro). Formou-se uma junta militar (Tasso Fragoso, Mena Barreto e Isaías de Noronha), e, no dia 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu o poder.

Era Vargas   -    No decorrer dos quinze anos em que governou o Brasil, Getúlio foi chefe do Governo Provisório(1930-1934); presidente eleito por via indireta de um governo constitucional (1934-1937) e ditador no Estado Novo (1937-1945).


Governo Provisório (1934 a 1937)
Teve como objetivo reorganizar a vida política do país. Neste período, o presidente Getúlio Vargas deu início ao processo de centralização do poder, eliminando os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal).
Diante da importância que os militares tiveram na estabilização da Revolução de 30, os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pela presença dos “tenentes” nos principais cargos do governo e por esta razão foram designados representantes do governo para assumirem o controle dos estados, tal medida tinha como finalidade anular a ação dos antigos coronéis e sua influência política regional.
Esta medida consolidou-se em clima de tensão entre as velhas oligarquias e os militares interventores. A oposição às ambições centralizadoras de Vargas concentrou-se em São Paulo, onde as oligarquias locais, sob o apelo da autonomia política e um discurso de conteúdo regionalista, convocaram o “povo paulistano” a lutar contra o governo Getúlio Vargas, exigindo a realização de eleições para a elaboração de uma Assembléia Constituinte. A partir desse movimento, teve origem a chamada Revolução Constitucionalista de 1932.
Mesmo derrotando as forças oposicionistas, o presidente convocou eleições para a Constituinte. No processo eleitoral, devido o desgaste gerado pelos conflitos paulistas, as principais figuras militares do governo perderam espaço político e, em 1934 uma nova constituição foi promulgada.
A Carta de 1934 deu maiores poderes ao poder executivo, adotou medidas democráticas e criou as bases da legislação trabalhista. Além disso, sancionou o voto secreto e o voto feminino. Por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um mandato.

Governo Constitucional (1934 – 1937)

Nesse segundo mandato, conhecido como Governo Constitucional, a altercação política se deu em volta de dois ideais primordiais: o fascista – conjunto de ideias e preceitos político-sociais totalitário introduzidos na Itália por Mussolini –, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o democrático, representado pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), era favorável à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes.
A ANL aproveitando-se desse espírito revolucionário e com as orientações dos altos escalões do comunismo soviético, promoveu uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições militares nas cidades de Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE).    Devido à falha de articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi facilmente controlada pelo governo.
Getúlio Vargas, no entanto, cultivava uma política de centralização do poder e, após a experiência frustrada de golpe por parte da esquerda utilizou-se do episódio para declarar estado de sítio, com essa medida, Vargas, perseguiu seus oponentes e desarticulou o movimento comunista brasileiro. Mediante a “ameaça comunista”, Getúlio Vargas conseguiu anular a nova eleição presidencial que deveria acontecer em 1937. Anunciando outra calamitosa tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio Vargas anulou a constituição de 1934 e dissolveu o Poder Legislativo. A partir daquele ano, Getúlio passou a governar com amplos poderes, inaugurando o chamado Estado Novo.

Estado Novo (1937 – 1945)

No dia 10 de novembro de 1937, era anunciado em cadeia de rádio pelo  presidente Getúlio Vargas o Estado Novo. Tinha início então, um período de ditadura na História do Brasil.
Sob o pretexto da existência de um plano comunista para a tomada do poder (Plano Cohen) Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs ao país uma nova Constituição, que ficaria conhecida depois como "Polaca" por ter sido inspirada na Constituição da Polônia, de tendência fascista.
O Golpe de Getúlio Vargas foi organizado junto aos militares e teve o apoio de grande parcela da sociedade, uma vez que desde o final de 1935 o governo reforçava sua propaganda anti comunista, alarmando a classe média, na verdade preparando-a para apoiar a centralização política que desde então se desencadeava. A partir de novembro de 1937 Vargas impôs a censura aos meios de comunicação, reprimiu a atividade política, perseguiu e prendeu seus inimigos políticos, adotou medidas econômicas nacionalizantes e deu continuidade a sua política trabalhista com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), publicou o Código Penal e o Código de Processo Penal, todos em vigor atualmente. Getúlio Vargas foi responsável também pelas concepções da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do salário mínimo, e pelo descanso semanal remunerado.
O principal acontecimento na política externa foi a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo, fato este, responsável pela grande contradição do governo Vargas, que dependia economicamente dos EUA e possuía uma política semelhante à alemã.  A derrota das nações nazi fascistas foi a brecha que surgiu para o crescimento da oposição ao governo de Vargas. Assim, a batalha pela democratização do país ganhou força. O governo foi obrigado a indultar os presos políticos, além de constituir eleições gerais, que foram vencidas pelo candidato oficial, isto é, apoiado pelo governo, o general Eurico Gaspar Dutra.
Chegava ao fim a Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.

Atividades

01. No ano de 1930, ocorre uma grande mudança na História do Brasil. Explique essa mudança: 
02. Comente  as três fases do governo Vargas:
03. Analise a frase, “com a dissolução do Congresso Nacional, das Assembleias Estaduais e das Câmaras Municipais, interventores foram nomeados para os Estados, com amplos poderes,” e responda se o governo provisório de Vargas era democrático ou não e justifique sua resposta:
04. Cite algumas leis trabalhistas criadas logo após a Revolução de 1930:


atividades governos populistas no Brasil (1945 a 1964)



  1. Explique o que é Populismo: ( Mínimo 2 linhas) 
  2. Sua campanha eleitoral teve como símbolo a Vassourinha, para varrer a corrupção. Seu governo ficou caracterizado por medidas excêntricas, como a proibição do biquíni e os "bilhetinhos", para expedir suas ordens. Aproximou - se dos países comunistas e aos sete meses de governo, renunciou alegando ser pressionado pelas "Forças Ocultas". O texto acima, refere -se a: 

a. ( )Jânio Quadros;
b. ( ) Eurico Gaspar Dutra;
c. ( ) Fernando Collor de Mello;
d. ( ) Tancredo Neves
e. ( ) Getúlio Vargas

3. O lema "50 anos de Progresso em 5 anos de governo "teve como uma característica o domínio do Mercado interno brasileiro por parte das grandes mpresas multinacionais que se instalaram no país, sob a presidência de :
a. ( ) Juscelino Kubitscheck.
b. ( ) Getúlio Vergas.
c. ( ) General Eurico Gaspar Dutra.
d. ( ) Jânio Quadros.
e. ( ) General João Figueiredo.
4. Descreva três leis da Constituição de 1946: (mínimo 4 linhas):

5. Observe a imagem:





Charge acima retrata que
a. ( )Vargas era um presidente que defendia a democracia.
b. ( )Vargas tomava atitudes em seu governo de cunho populista, mas não de forma democrática.
c. ( ) Getúlio não obteve popularidade com as medidas tomadas em seu governo.
d. ( )Getúlio governou de forma

governos populistas no Brasil (1945 a 1964)

Governos populistas no Brasil(1946-1964)

A pressão oposicionista sobre Getúlio Vargas se fortaleceu com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, apoiando os Aliados. As manobras políticas de Getúlio não foram suficientes para mantê-lo no poder e, em outubro de 1945, ele renunciou. Em 1946 assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra, eleito em eleições diretas. Foi a primeira vez que as mulheres puderam votar.
Constituição de 1946: A Constituição brasileira, promulgada em 18 de setembro de 1946, era francamente liberal democrática. Do seu conteúdo principal, podemos destacar tópicos como: voto secreto e universal para os maiores de 18 anos, excetuando-se os analfabetos, cabos e soldados; direito à liberdade de pensamento e expressão; direito de greve assegurado aos trabalhadores, etc.

Governo Dutra: O Governo do general Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) foi bastante influenciado pela conjuntura internacional do pós-guerra e o advento da "Guerra Fria". Aliando-se aos EUA, o Governo Dutra rompeu relações diplomáticas com a URSS e extinguiu o Partido Comunista Brasileiro. Durante esse Governo, foi criado o Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia).

Governo de Getúlio Vargas: Concorrendo para as eleições presidenciais, Vargas foi eleito com esmagadora maioria de votos. Assumindo o poder, foi apagando a imagem de ditador do Estado Novo e construindo em seu lugar a figura de um estadista democrata. Nesta fase (1951-1954), Vargas empenhou-se em realizar um Governo de caráter nacionalista (criou a PETROBRAS). Suas medidas governamentais provocaram violenta reação da alta burguesia, que o acusava de pretender implantar no Brasil uma República Sindicalista. Na verdade, sua política de aproximação com a classe trabalhadora preocupava a oposição, que se utilizou do crime ocorrido em 5 de agosto de 1954 para exigir sua renúncia. A crise terminou em 24 de agosto de 1954, data em que Getúlio Vargas suicidou-se.

Governo de Juscelino Kubitschek: O Governo de Juscelino Kubitschek de Oliveria (1956-1961) foi marcado por diversas realizações desenvolvimentistas, que estavam previstas no Plano de Metas: a construção de Brasília, a instalação da primeira fábrica de automóveis, a abertura de rodovias, etc. Este Governo permitiu a penetração do capital estrangeiro para financiar o desenvolvimento econômico e industrial pretendido. As consequências desse processo foram: aumento de nossas dívidas externas; crescente dominação de nosso mercado interno pelas empresas multinacionais.

Governo de Jânio Quadros: O Governo de Jânio da Silva Quadros (1961) teve curta duração. Contou, a princípio, com o apoio das classes dominantes, na medida em que combatia, internamente, o comunismo. Mas a oposição direitista logo se revoltou contra sua política externa independente. A revolta da oposição teve seu ponto culminante quando Jânio Quadros condecorou "Che" Guevera, Ministro da Economia de Cuba, com a mais importante comenda brasileira. Pressionado, Jânio renunciou ao poder em 25 de agosto de 1961.

Governo de João Goulart: Após a renúncia de Jânio o poder foi entregue ao vice-Presidente João Goulart (1961-1964) que, a princípio, governou o País sob o regime parlamentarista. Goulart
enfrentou forte oposição dos grupos de direita, que acusavam-no de possuir um programa político "comunista". A oposição tornou-se mais radical quando o Governo de Jango divulgou as Reformas de Base (que defendiam a reforma agrária do País). Em 31 de março de 1964, eclodiu um movimento militar que derrubou o Presidente João Goulart.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A Origem e as fases políticas da História Romana

1              Descreva a explicação histórica para a origem de Roma: ( mínimo 5 linhas) (página 175)

2.         A alternativa abaixo apresenta aspectos históricos da política e sociedade no período da Monarquia é:  (página 176)
a.     (   ) O sistema político era a democracia e a sociedade dividia-se em: nobres, comerciantes e escravos.
b.     (   ) O sistema político era a monarquia e a sociedade dividia-se em: patrícios (nobres proprietários de terras ) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários).
c.     (   ) O sistema político era o parlamentarismo e a sociedade dividia-se em: governadores, classe média e camponeses.
  1. (   ) O sistema político era o presidencialismo e a sociedade dividia-se em: presidente, burguesia e servos.

3. Os romanos foram um povo extraordinário, pois conseguiram transformar uma aldeia num império que regeu quase todo o mundo ocidental da época. A história de Roma divide-se em três períodos: Monárquico, Republicano e Imperial. (página: 176)

Durante o período monárquico, que se estendeu de 753 a. C a 509 a. C,

  1. (   ) Roma foi governada por sete reis, sendo os três últimos de origem gaulesa.
  2. (   ) A autoridade do rei era subordinada ao Senado e à Assembléia Curiata.Os clientes eram os grandes proprietários de terras e detentores dos direitos políticos.
  3. (   ) A escravidão tornou-se a base principal da economia romana. 
  4. (   ) Roma foi governada por sete reis.

4              Descreva a explicação mitológico para a origem de Roma: (peso 0.5 mínimo 5 linhas) (página 174)

Complete com V (verdadeiro) ou F (falso): (página 176)


  1. (   )  Os plebeus eram pobres, viviam como agricultores ou artesãos.
  2. (   ) Os plebeus formavam a aristocracia de Roma.
  3. (   ) Os clientes eram intermediários entre os patrícios e os plebeus.
  4. (   ) Os escravos eram muitos no império.
  5. (   ) Para o patrício, quanto maior o número de clientes, menor seu prestígio. 

domingo, 18 de outubro de 2015

ATIVIDADE AVALIATIVA COMPLEMENTAR – O PRIMEIRO REINADO E O PERÍODO REGENCIAL
1.         Comente as ideias dos aliados e dos opositores de D Pedro na Assembleia constituinte de 1823: (mínimo 3 linhas página 221)
2.         Descreva as leis criadas pela constituição de 1824, nos seguintes aspectos políticos e sociais: (página 222)
a.     Eleições: (2 linhas)
b.    Educação (2 linhas)
c.     Religião (2 linhas)
d.    Direitos e garantias individuais: (mínimo 2 linhas)
3.    Depois da Independência do Brasil, a elite se dividiu entre aqueles que apoiaram a monarquia adotada por D. Pedro I, e setores mais liberais, que reivindicavam restrições ao autoritarismo do Imperador. Nesse contexto, explodiu a Confederação do Equador (1824), que teve entre suas principais razões: (226)
a.    (  )o decreto imperial que determinou o fechamento dos jornais oposicionistas Sentinella da Liberdade e Tífis Pernambucano, ambos alvo da censura imposta pelo governo central.
b.    (  ) a decisão imperial de substituir o governador de Pernambuco, Manuel Paes de Andrade, líder político da elite liberal que apoiava maior autonomia administrativa das províncias.
c.     (   ) o enfrentamento de setores conservadores e liberais, que desfechou uma onda de violência nas principais províncias do país, exigindo intervenção armada do governo imperial.
d.    (   ) a aprovação do Imperador à reforma constitucional proposta pelos liberais, que provocou forte reação da elite conservadora, temendo dar brecha para a criação de um governo popular.
e.    (   ) a recusa do Imperador em negociar com os deputados liberais a extinção do tráfico de escravos com vistas ao fim da escravidão, tema que vinha ganhando apoio de parte da elite.

4.     Descreva o desfecho da Confederação do Equador ( página 226)

5.    O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por uma série de revoltas em vários pontos do Brasil. Sobre as revoltas ocorridas no Período Regencial, indique qual das alternativas abaixo está correta (páginas 234 a 239)
a.    (   ) Balaiada, em São Paulo.
b.    (   ) Sabinada, no Rio de Janeiro.
c.    (   ) Inconfidência Mineira, em Minas Gerais.
d.    (   ) Revolta Farroupilha, no Sul do país.
6.     Explique por que o período regencial foi chamada de experiência republicana: (página 230; mínimo 3 linhas)